Os Perigos da Tentação

"Filho meu, atende à minha sabedoria; inclina o teu ouvido à minha prudência." (Pv. 5.1)
Quando fala-se em "prudência" é como se o sábio estivesse chamando a atenção para o cuidado que devemos ter com as tentações que surgem em nosso viver e, que aceitamos e praticamos.
Prudência não é sinônimo de covardia ou medo. Prudência é inteligência e perspicácia. É contar até dez, e concluir com segurança que aquilo que surge tão atraente aos olhos (Davi olhando Bate-Seba), ao estômago (Esaú vendo o guisado de Jacó), ou à mente (Acabe examinando as vinhas de Nabote), nada mais é do que um engodo que poderá satisfazer momentânea e rapidamente, deixando depois um gosto amargo na boca, e o que é pior, trazendo conseqüências funestas para todo o sempre. Não foi assim, com Davi, com Esaú, com Acabe?
O homem cunhou a frase "quem não arrisca, não petisca", e em função dela, tenta de tudo, arriscando-se até, moral e espiritualmente, para petiscar algo que não tem consistência nem responde pelos verdadeiros valores da vida. Arrisca para ganhar uns trocados. Arrisca para ganhar uns carinhos. Arrisca para ganhar uns quilinhos a mais. E quando menos espera, a polícia está à porta, o ato sexual indevido é descoberto, o colesterol o manda para a UTI.
Prudência deve ser atributo permanente do crente que, antes de qualquer atitude precipitada, deve consultar a Deus, verificar se a Bíblia aprova tal comportamento, examinar o passado, imaginar se tal ato honra o seu nome, de sua família, de seus pais, pensar no que Cristo faria se estivesse em seu lugar e finalmente, orar para não dar lugar à tentação, para que o Senhor a livre dela.