sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

John Huss - biografia

John Huss John Huss John Huss nasceu entre os anos de 1369 e 1371. Sua família era camponesa e vivia na pequena aldeia de Hussinek, na Boêmia. Ingressou na universidade de Praga quando tinha uns dezessete anos. A partir de então toda a sua vida transcorreu na capital de seu país, a não ser seus dois anos de exílio e encarceramento em Constança. No ano de 1402 ele foi nomeado reitor e pregador da capela de Belém. Foi ali que ele pregou, com dedicação, a reforma que tantos outros buscavam desde os tempos de Carlos IV. Alguns dos membros mais destacados da hierarquia começaram a encará-lo com receio, mas boa parte do povo e da nobreza parecia segui-lo, e o apoio da realeza ainda era suficientemente importante para que os prelados não se atrevessem a tomar medidas contra Huss. Como pregador na capela de Belém e reitor da universidade, ele tinha ótima posição para impulsionar a reforma. Ao mesmo tempo que pregava contra os abusos que encontrava na igreja, Huss continuava sustentando as doutrinas geralmente aceitas. Isso não dava brecha nem mesmo para seus piores inimigos e era difícil, assim, censurar sua vida ou sua ortodoxia. Huss era muito gentil e contava muito com o apoio popular. Ao mesmo tempo que questionava alguns pontos da doutrina da igreja, ele reafirmava outros e isso lhe dava a chance de continuar seu trabalho sem ser acusado. Influenciado pelo reformador inglês John Wycliff, interroga-se seriamente acerca das conseqüências práticas de obediência a Cristo e começa a pregar sermões, na sua língua, criticando fortemente o poder temporal da Igreja de Roma e os abusos cometidos pela hierarquia eclesiástica, influenciado pelo estudo de Wycliff sobre o “senhorio”. A sua luta contra as autoridades da Igreja não eram exatamente de ordem teológica (apesar de afirmar que o fundamento da Igreja é Cristo e não Pedro). Vemos, na verdade, ele questionando a ordem prática e a disciplina eclesiástica, tais como ministrar a Ceia em apenas uma das espécies aos fiéis, quer dizer, na celebração da Ceia, o cálice era para uso exclusivo do celebrante e proibido aos fiéis. Huss denunciou fortemente essa prática como sendo contrária ao ensino das Escrituras e à antiga tradição da Igreja. A venda abusiva das indulgências constitui outro motivo da sua discordância. Toda esta atividade vai levá-lo a dedicar-se à causa da reforma da Igreja. Nessa época, por conta dos resultados do Concílio de Pisa, havia três papas. O Imperador Venceslau apoiava o papa pisano, enquanto o arcebispo de Praga e os alemães da universidade apoiavam Gregório XII. Mais tarde, o arcebispo se submeteu à vontade do rei, e reconheceu o papa pisano, mas solicitou a esse papa, Alexandre V, que proibisse a posse da obras de Wycliff. O papa concordou. A proibição foi além! Proibiu também as pregações fora das catedrais, dos mosteiros ou das igrejas paroquiais. A capela de Belém, onde estava Huss, não se enquadrava em nenhum dos locais. Portanto, a pregação em seu púpito estava proibida! E ele tinha agora de fazer a difícil escolha entre desobedecer o papa ou deixar de pregar. Com o passar do tempo sua consciência se impôs. Ele subiu ao púlpito e continuou pregando a tão ansiada reforma. Este foi seu primeiro ato de desobediência. Outros atos de desobediência se seguiram, em nome de realizar o seu trabalho. Por fim, o Cardeal Colonna o excomungou em 1411, em nome do papa, por não ter aceito à convocação papal. Mesmo assim, Huss continuou pregando em Belém e participando da vida eclesiástica, pois contava com o apoio dos reis e de boa parte do país, o que permitiu a Huss chegar a um dos pontos mais revolucionários da sua doutrina. Um papa indigno, que se opunha ao bem-estar da igreja, não deve ser obedecido. Huss não estava dizendo que o papa não era legítimo, pois continuava favorável ao papa pisano, mas que suas atitudes não estavam corretas e que a obediência a ele poderia ser questionada, mesmo ele sendo legítimo, em sua opinião. Seria apenas para que pudesse haver a chance de uma conversa para esclarecimentos e acertos. Mas muitas situações aconteceram, tanto no questionamento de seu trabalho, como na disputa entre os papas na época, que levaram Huss a tomar a decisão de abandonar a cidade onde tinha passado a maior parte de sua vida. No dia 5 de junho de 1415 Huss compareceu diante do concilio de Constança, que mostrava grandes possibilidades de mudanças na vida da Igreja. Poucos dias antes o papa João XXIII tinha sido aprisionado e trazido de volta para Constança. Como Huss tivera seus piores conflitos com ele, era de se supor que a situação do reformador melhoraria. Mas sucedeu o contrário! Foi acusado formalmente de ser herege, e de seguir as doutrinas de Wycliff. Huss tentou expor suas opiniões, mas a algazarra foi tamanha que ele não teve chance. Depois de adiamentos e novas datas, o cardeal Zabarella preparou um documento que exigia de Huss que se retratasse e Huss respondeu: "Apelo a Jesus Cristo, o único juiz todo-poderoso e totalmente Justo. Em suas mãos eu deponho a minha causa, pois Ele há de julgar cada um não com base em testemunhos falsos e concílios errados, mas na verdadeira justiça”. Mesmo preso por vários dias, na tentativa que ele se retratasse diante do Concílio, Huss continuou firme. No dia 6 de julho, ele foi levado para o catedral de Constança. Ali, depois de um sermão sobre a teimosia dos hereges, ele foi vestido de sacerdote e recebeu o cálice, somente para logo em seguida lhe arrebatarem ambos, em sinal que estava perdendo suas ordens sacerdotais. Depois lhe cortaram o cabelo para estragar o corte específico da sua posição. Por último lhe colocaram na cabeça uma coroa de papel decorada com diabinhos, e o enviaram para a fogueira. A caminho do suplício, ele teve de passar por uma pira onde ardiam seus livros. Mas uma vez o pediram que retratasse e mais uma vez ele negou com firmeza. Por fim, orou dizendo: "Senhor Jesus, por ti sofro com paciência esta morte cruel. Rogo-te que tenhas misericórdia dos meus inimigos." Fonte: http://www.compartilhandonaweb.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

EM QUE CREMOS

CREMOS em um só Deus eterno, que subsistente em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).
CREMOS na Bíblia Sagrada, inspirada por Deus, ÚNICA regra de fé e prática para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17).
CREMOS no nascimento, morte, ressurreição e ascensão de Jesus ao céu (Is 7.14; At 1.9; Rm 8.34).
CREMOS que o homem é pecador e está separado de Deus e, que somente o arrependimento, o novo nascimento (Jo3.3-8) e a fé no sacrifício de Jesus Cristo na cruz podem restaurar a sua comunhão com Deus (Rm 3.23; At 3.19).
CREMOS no perdão dos pecados, na salvação e na eterna justificação da alma. (At 10.43; Rm 3.24-26;10.13; Hb 5.9;7.25).
CREMOS que JESUS é o único caminho para chegarmos a DEUS e a vida Eterna com ELE. (Jo 14,6)
CREMOS no batismo nas águas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12).
CREMOS no batismo com o Espírito Santo. (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).
CREMOS nos dons espirituais, distribuídos pelo Espírito Santo para edificação da Igreja. (1 Co 12.1-12).
CREMOS que devemos nos santificar vivendo como fiéis testemunhas. (Hb 9.14; 1 Pe 1.15).
CREMOS na segunda vinda de Cristo para arrebatar a sua Igreja fiel da terra. (Zc 14.5; 1 Ts 4.16-17; 1 Co 15.51-54; Jd 14; Ap 20.4).
CREMOS que todos os cristãos ou não, comparecerão ao tribunal de Cristo, para receber a recompensa ou juízo dos seus feitos. (2 Co 5.10). (Ap 20.11-15).
CREMOS na vida eterna de felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.31-46).

PENSE...

Porque Deus TE amou de uma forma tão grande que deu o seu único Filho, para que se nEle você crê, você não morrerá, mas terá a vida eterna. João 3,16